A tarde da última segunda-feira (29) foi marcada por surpresa entre os jogadores brasileiros: ao comprar Ghost of Yōtei na PS Store por R$ 399,90, muitos viram o valor subir para R$ 413,90 no cartão de crédito — uma diferença causada pela cobrança automática de 3,5% de IOF. Essa taxa reacende uma dor antiga dos gamers nacionais.
Por que isso acontece?
Mesmo exibindo valores em reais e aceitando cartões brasileiros, a PS Store é tratada como loja estrangeira, porque a Sony não tem representação fiscal no Brasil. Ou seja, cada compra é vista como uma transação internacional, sujeita ao IOF.
Até pouco tempo, essa taxa era de 0,38%, mas com as mudanças recentes no imposto, saltou para 3,5%. Essa alteração faz parte de ajustes na legislação do IOF, que atingem transações internacionais, cartões de crédito e operações de câmbio.
Como driblar isso?
Algumas estratégias já são conhecidas e usadas pela comunidade gamer:
- Gift cards da PSN: comprar saldo pré-pago reduz o problema, porque você não executa a transação via cartão de crédito diretamente na loja.
- Comprar mídia física: em muitos casos, o preço do disco (versão física) acaba sendo mais vantajoso, principalmente com cupons ou promoções.
- Ficar atento a promos de cartões pré-pagos no Brasil, onde não há incidência direta de IOF para a compra do cartão (dependendo da forma de pagamento).

Por que isso virou notícia?
Essa cobrança elevada pegou muitos de surpresa, especialmente em um cenário onde os preços digitais já são altos. Usuários reclamaram nas redes sociais sobre a diferença inesperada no valor final da compra.
A discussão também reacendeu o debate: por que outras plataformas (Xbox, Nintendo) “driblam” isso? Elas conseguiram nacionalizar suas lojas — ou seja, processar compras no Brasil — o que elimina a incidência desse IOF extra.
Fontes: PSX Brasil, TecMundo, Terra.
